25/12/2018

Opinião | O Despertar do Nefilim | David Costa | Divulgação

Com o nascimento do Anti Cristo, Lúcifer joga mais uma cartada na sua tentativa de escapar do Inferno, após milénios encarcerado pelo seu irmão Miguel, e semear o terror e destruição na Terra. Mas Deus, apesar de não enviar as suas hostes celestiais para travar Lúcifer, desperta o poder escondido no descendente do Arcanjo Miguel, um jovem chamado Gonçalo Fernandes, cuja ascendência desconhece. Gonçalo foi vítima de uma tragédia e renunciou à carreira promissora que tinha, enveredando pelo mundo dos combates clandestinos, ignorando todos aqueles que lhe eram queridos, procurando castigo nas suas acções de forma a purgar-se de algo que se acha culpado. Mas Lúcifer sentiu o seu poder, e sabe que com o sangue que corre nas veias do descendente de Miguel pode reverter o feitiço que o mantém aprisionado, e apressar a sua libertação, e acaba por enviar os demónios à sua procura para o levarem até ao Portal do Inferno e quebrar o feitiço. E assim o destino acaba por encontrar este jovem, que sem saber, pode decidir o futuro do Mundo, para o melhor ou para o pior. Gonçalo vai ser posto à prova, vai ser ajudado pelas pessoas mais improváveis, e no final terá que decidir se quer ou não abraçar o seu destino como "Sangue de Miguel".

(Pode Conter Spoilers...)
Este livro foi-me disponibilizado e enviado pelo próprio autor, David Costa, ao qual agradeço desde já e a quem já tive o gosto de trocar algumas impressões.
Já tive oportunidade de dizer ao autor o que acho que mudaria para melhorar este seu primeiro livro, na minha modesta opinião, e, por isso mesmo, não vou estar a fazer o mesmo aqui, até porque são mais questões técnicas e de edição do que da história propriamente dita.
Este livro traz-nos de volta à constante luta entre as forças do Bem e do Mal, sendo que, pareceu-me que o Mal está algo adiantado em relação ao Bem. No entanto, caso se sucedesse o inverso, seria algo enfadonho e não haveria margem ou motivo para um segundo livro.
Gonçalo é um jovem que foi bafejado pelo azar. Perdeu o amor da sua vida, perdeu uma carreira de sonho e, como se não bastasse, parece que forças do além o perseguem e puxam-no para o "submundo".
Sempre gostei muito de livros com esta temática, ainda para mais quando é passado em terras Lusas, mais apelativo se torna. A luta eterna entre Deus e o Diabo sempre moveu mundos e fundos e, neste livro, torna-se bem evidente que os humanos precisam de ajuda nesse campo. 
Onde é que o nosso jovem Gonçalo entra nesta história? Ora, ele é, nada mais, nada menos do que o Escolhido para combater as forças do Mal. Nas veias corre-lhe o sangue do Arcanjo Miguel, responsável pelo encarceramento de Lúcifer nas profundezas do Inferno. Com a tentativa de Lúcifer de se libertar, o sangue de Miguel pulsa em Gonçalo e atrai as forças do Mal, na tentativa de reverter tudo o que Miguel havia feito. Como é certo e sabido, Deus como que já não quer ter nada a ver com quem ele sempre ajudou e que sempre O desiludiu. No entanto, embora não tenha querido mandar ninguém de "lá de cima", Deus encaminha Gonçalo na direcção certa, com a ajuda do renegado padre João e da sua ajudante (espero que se desenvolva ai qualquer coisa entre eles os dois).
Como é óbvio, neste livro assistimos a muita acção, muitas lutas, mortes horríveis e, acho que, o autor conseguiu descrever-nos bem todas as situações que ele queria que tivéssemos em mente. 
Gostei da personalidade do Gonçalo. A meu ver, apesar de tudo o que passou, continua a ser alguém que acredita num Bem maior e que, não perdeu a capacidade de ser honesto e, acima de tudo, ser alguém que está do lado certo, ainda que lhe pareça tudo saído de um livro de ficção. Temos de convir que, a maioria de nós teria fugido a sete pés quando confrontado com tudo aquilo a que Gonçalo viu e aprendeu. 
Espero, sinceramente, que o autor dê andamento a esta batalha entre o Bem e o Mal e que, acima de todas as expectativas, o Bem acabe por vencer. (Ah! e que o Gonçalo consiga encontrar novamente o amor que tanta falta lhe faz).

2 comentários:

  1. Parece interessante, também gosto muito deste tipo de temas numa história. É raro encontrar autores portugueses que se aventurem neste género literário, por isso, e por ter escrito um livro é claro, o autor está de parabéns.
    Mundo da Fantasia

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