Aos 17 anos, Molly sabe tudo o que há para saber sobre o amor não correspondido. É que a jovem já se apaixonou 27 vezes, mas sempre em segredo. E por mais que a irmã gémea, Cassie, lhe diga para ter juízo, Molly tem sempre cuidado. É melhor ter cuidado do que sofrer.
Quando Cassie se apaixona, a sua nova relação traz um novo círculo de amigos. Dele faz parte Will, que é engraçado, namoradeiro e um excelente candidato a primeiro namorado da Molly.
Mas há um problema: o colega de Molly, Reid, um cromo e fã incondicional de Tolkien, por quem ela jamais se apaixonaria… certo?
Uma história divertida e comovente sobre primeiros amores e a importância de sermos fiéis a nós mesmos.
Quem me acompanha diariamente, sabe que já li este livro há muito tempo... aliás, foi devorado e não lido, apenas.
Para começar, dizer que adorei. A forma como a autora aborda os vários problemas que todos nós encontramos quando passamos pela mesma fase da vida. Inseguranças, paixões, o descobrir da nossa sexualidade e não ter medo de ser quem somos.
Aos 17 anos, Molly apenas amou sem nunca ser retribuída. Quando se apaixonava, fazia-o porque sentia-se bem quando amava alguém. Para ela não era preciso ser correspondida. Nunca confessou aos rapazes que amou, ou por quem teve paixonetas, como se sentia em relação a elas, por isso, apesar de nunca ter namorado, também nunca foi rejeitada. Ela simplesmente amava. Se era pelo medo de ser rejeitada ou não, só o conseguimos saber ao longo do livro. Aos poucos, vemos Molly deparar-se com uma paixão que ela quer, de facto, levar adiante, ao próximo nível e aí passa por muitos estágios da paixão. A descoberta de que para além de amar, queremos ser amados, a emoção do primeiro beijo, os ciúmes, as inseguranças, os medos de perder quem ainda nem sequer tivemos.
Sinceramente, acho que sendo gémea de Molly, Cassie poderia muito bem tê-la apoiado mais. Cassie era o oposto da irmã em algumas coisas. Já se tinha encontrado sexualmente e por isso seguia o exemplo das mães, que estavam juntas desde os tempos de escola, era uma jovem segura e plenamente ciente dos seus pontos fortes e fracos. Não tinha medo de ser quem era e, por não acreditar que a irmã alguma vez sairia da casca e por não querer sentir-se culpada por ter namorada e deixar Molly "abandonada" tenta, à força toda que um dos melhores amigos da namorada namore com Molly.
No entanto, apesar de não estar totalmente contra a ideia de Cassie, o coração de Molly desvia-se para outro sentido e vai de encontro ao colega estranho que trabalha com ela em part-time de férias.
Adorei a forma como Molly consegue ultrapassar os seus medos e baixa as suas defesas pela primeira vez na vida. Aprendeu que todos nós precisamos de ser amados, que tinha direito a ser feliz e a sentir-se feliz com alguém que seria a sua cara metade por algum tempo ou para sempre. Abriu as portas do seu coração e fechou as portas da incerteza, das inseguranças e dos medos.
Um livro que me tocou imenso porque me fez lembrar de tantas fases da minha adolescência e a forma como as fui ultrapassando até chegar à idade adulta. Todos deveriam ler este livro!
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