18/07/2018

Opinião | A Casa na Floresta | Cass Green

Um estranho encontro,
Um presente inesperado,
Um segredo perverso…

Numa noite gelada, ao regressar a casa, Neve Carey é abordada por uma mulher estranha e perturbada, na ponte sobre o rio Tamisa, que lhe entrega um envelope, lançando-se de seguida para as águas do rio.
Duas semanas mais tarde, numa altura em que a sua vida está cada vez mais caótica, Neve descobre que a mulher que se suicidou à sua frente lhe deixou de herança uma casa na Cornualha, o que parece ser a solução perfeita para os seus problemas.
Neve decide então mudar-se sozinha para a casa, mas, assim que lá chega, arrepende-se. Fica no meio de uma floresta sombria, tem um aspecto sinistro, com grades nas janelas, e coisas bizarras começam a acontecer. Em pouco tempo, a casa dos seus sonhos transforma-se no seu pior pesadelo. E a verdade é que esta esconde um segredo perverso… que mudará para sempre a vida de Neve.

Gostei imenso deste livro, para ser sincera. Como sabem, ainda estou a dar os "primeiros passos" neste género literário e, sendo o mais verdadeira possível, estou mesmo a ser conquistada, aos pouquinhos. Cada livro que leio é um passo para ser completamente fisgada por este estilo de romance. 
Este livro conquistou-me à primeira vista. Adorei a capa e sendo fã de filmes de terror, captou logo a minha atenção. Ainda que não seja aterrorizador, só a capa dá arrepios.
Primeiro livro que leio desta autora e devo dizer que gostei bastante da escrita dela e da forma simples como ela nos envolve na leitura. 
Uma história que nos remete para um cenário assustador e fantasmagórico, mas que, ao longo do livro mostra-nos que, se calhar, não é bem assim, embora seja uma situação assustadora na mesma. Acho piada a que muitas vezes pensei no que eu faria se estivesse ali na posição da Neve e se teria a coragem que ela teve de, de repente, mudar-se de uma cidade movimentada para o meio da floresta e para uma casa abandonada. É certo que a ideia que ela tinha da casa era completamente diferente da realidade, pelo que já aí levou um murro no estômago (metaforicamente falando) e deixou tudo para trás com base nessa ideia romântica que tinha de uma casinha arrumadinha e amorosa no meio do campo. Parece-me que se ela tivesse em linha de conta que uma mulher completamente desesperada ao ponto de se suicidar lhe deixara uma casa sem sequer a conhecer, não poderia ser uma coisa assim tão boa e devia estar preparada para o pior.
Para quem lê atentamente consegue aos poucos ir juntando todos os pontos e fios soltos. Neve é uma mulher que, a meu ver, ainda não encontrou o seu lugar no mundo e é sempre muito dependente dos outros. Principalmente, da irmã e do cunhado que não morre de amores por ela. Apesar de ser uma mulher inteligente e desenrascada, encontra-se numa situação que lhe fugiu completamente ao controle. Está sem dinheiro, sem namorado e sem um emprego que lhe faça feliz. Quer uma vida nova e aquela casa na Cornualha, embora a situação que lhe permitiu tê-la fosse no mínimo macabra, Neve encara-a como uma segunda oportunidade de endireitar a sua vida. 
No entanto, situações estranhas durante a sua estadia lá, começam a inquietá-la e a escavar mais no que tinha sido a vida da estranha que lhe mudou a vida por completo.
Naquela casa, Neve apercebeu-se de que afinal de contas, a sua vida, tal como era, afinal não era assim tão má e que, a partir do momento em que ali entrou nunca mais seria a mesma. Uma casa que lhe colocou na cabeça que todos têm segredos: os seus novos vizinhos, as pessoas que vai conhecendo na pequena vila ali perto, o irmão da sua benfeitora suicida, e, até o rapaz que lhe vai consertar o autoclismo entra naquela conspiração que se vai formando na cabeça dela.

Será que as coisas são o que parecem? Ás vezes, são um pouco diferentes.

Sem comentários:

Enviar um comentário

O seu comentário é valioso!
Obrigada pela visita e volte sempre!