10/08/2015

Opinião "A Pedra das Lágrimas - Parte II" de Terry Goodkind

Esta é a segunda regra dos feiticeiros:
O pior dos males pode surgir da melhor das intenções
Os caminhos de Richard e Kahlan separaram-se: forçado a submeter-se aos desejos da Madre Confessora, o portador da Espada da Verdade encaminha-se para o Palácio dos Profetas, em Tanimura, a fim de aprender a controlar o seu dom, antes que este o mate. Por outro lado, a última das Confessoras, enredada numa trama de mentiras piedosas cujo único objectivo é salvar a vida do homem que ama, dirige-se para a Fortaleza dos Feiticeiros, em Aydindril, onde espera encontrar Zedd e, juntos, ajudarem Richard a cumprir o seu destino.
Todavia, num mundo em que a magia é, simultaneamente, uma bênção e uma maldição, e em que qualquer um pode ser um agente do Guardião disfarçado, distinguir aliados de inimigos revela-se uma tarefa hercúlea. Através dos seus próprios erros, o seeker e a Madre Confessora vão descobrir, da forma mais dolorosa, que a maior das bondades e a melhor das intenções podem constituir um caminho insidioso para a destruição. 
Sabedoria, prudência e uma boa compreensão da primeira regra dos feiticeiros são as únicas armas de que dispõem: mas serão suficientes para reparar o véu e devolver a Pedra das Lágrimas ao reino dos mortos?

*Pode Conter Spoilers* 
Sempre que penso que Terry Goodkind já não me pode surpreender, eis que ele "chega" e arrebata-me de novo.
A segunda parte de "A Pedra das Lágrimas" está repleta de aventuras fantásticas, descritas de uma maneira *deliciosa* como sempre Terry Goodkind nos vem habituando. É de tal forma directo que é impossível não nos sentirmos parte da acção, é impossível não sentirmos todas as emoções que as personagens nos transmitem durante todo o livro. Dor, amor, saudade, desejo, dúvidas, certezas, tudo o que faz parte da essência humana é-nos transmitido de uma forma absolutamente soberba. Tenho de admitir que, mais uma vez, foi-me algo difícil entrar na história, talvez por já haver tanta coisa envolvida, talvez pela introdução de mais personagens. O que é certo é que rapidamente me vi envolvida por toda a magia, toda a maldade, toda a paixão que está presente em todas as páginas desta história maravilhosa. De cada capítulo que terminava, ficava sempre ansiosa para ver o que iria acontecer no seguinte, e depois no seguinte, até que finalmente os pontos foram colocados nos "i's" e o Mundo descrito por Terry Goodkind regressa à sua "normalidade" e relativa paz.
Depois de tanto sofrimento, tantas desilusões seria de esperar que Kahlan e Richard acabassem ou por morrer no final (acho que ninguém "normal" sobrevive a tantas provações) ou então acabassem por reencontrar-se de uma maneira absolutamente fora do normal. Tanto Richard como Kahlan mostraram ser pessoas com uma personalidade extremamente forte e destemida. Têm medo de tudo, mas ao mesmo tempo enfrentam todas as adversidades com uma coragem e uma inteligência incríveis. Personagens dotadas de grande carisma e das quais é impossível não se gostar. Richard sempre com a bondade presente no seu coração, apesar de ter a noção de que poderá ser um mensageiro da morte e Kahlan com aquele amor imenso por Richard que a guia através de combates violentos, traumas impossíveis de esquecer. Por Richard, ela é capaz de tudo e ficou mais que provado de que ela é, efectivamente, A Madre Confessora!
Adoro o Zedd. Apesar de todo o sofrimento e do peso que carrega nos ombros desde sempre, é alguém capaz de amar intensamente, de ser bem humorada e de uma inteligência soberbas. Terry Goodkind tem o dom de criar personagens apaixonantes. 
O facto de eu não ter "dado" as cinco estrelas, prende-se apenas pelo facto de que tive imensas saudades de ver o Richard e a Kahlan mais tempo juntos. Todas as juras e promessas de amor ficaram suspensas e correram o risco de nunca serem concretizadas.
Tenho de salientar o facto de que a tradução deste livro está fantástica e a edição impecável. Não encontrei uma única "gralha" ou "gafe" de foro editorial e o facto da capa ser um estrondo só ajuda no impacto final.
Recomendo!
(Este exemplar foi gentilmente cedido pela Porto Editora em troca de uma opinião sincera.)

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