«Toda a minha vida era medida em Verões. Como se não começasse efectivamente a viver enquanto não chegasse Junho, até estar naquela praia, naquela casa.»
Tudo o que é bom e mágico acontece durante o verão, e é a sonhar com o verão que Belly, de 16 anos, passa os seus dias. Para ela, os invernos são insuportáveis e sinónimo de estar longe de Jeremiah e de Conrad, os rapazes que Belly conhece desde a sua primeira estadia na casa de praia. Eles são os seus quase-irmãos, os seus inseparáveis parceiros de aventuras.
Até que chega aquele verão - maravilhoso e ao mesmo tempo terrível - em que tudo muda. Estas poderão ser as últimas férias que passam todos juntos na casa de praia. Chegou o momento de perpetuar memórias, confessar paixões escondidas e, acima de tudo, é hora de, finalmente, Belly começar a obedecer ao seu coração.
Um romance com sabor a mar e a liberdade, sobre crescer e apaixonar-se, deixando-nos a desejar por mais.
(Pode Conter Spoilers... Ou Não)
Apesar de já ser uma autora muito conhecida em Portugal, este foi o primeiro livro que li dela. Gosto imenso deste tipo de romance entre jovens adolescentes e jovens adultos. Faz-me ter esperança de que o amor também pode ser arrebatador entre corações ainda ingénuos e inocentes. E não será este o melhor e mais puro amor? É óbvio que entre os adolescentes o sentimento amor é levado e encarado de forma que os adultos não o fazem. Tudo parece demasiado e, quando as coisas não correm como esperado, parece que o fim do mundo está para acontecer. Acho imensa "piada" à forma como os adolescentes lidam com o amor, agora que sou adulta.
Jenny Han tem o dom de nos fazer sentir adolescentes outra vez através da sua escrita simples e directa, no entanto, neste livro senti a falta de um amor correspondido. Belly é, consciente e inegavelmente apaixonada por Conrad, desde muito pequenina e, nem uma vez sequer, consegui sentir que ele sentisse alguma coisa por ela.
Belly, Conrad e Jeremy conhecem-se desde que nasceram. As mães eram amigas desde sempre e, todos os Verões eram passados na casa de praia de Conrad e Jeremy. Belly ansiava por esses Verões porque era naquela casa que ela era realmente feliz. Adorava nadar e estar com Susannah, a mãe deles e a qual considerava como uma mãe. Sentia que tinha uma relação mais doce com Susannah do que com a própria mãe que era um pouco mais dura e menos dada a demonstrações de afecto.
Conhecendo-se desde pequenos, seria de esperar que se vissem a todos como irmãos, mas, para Belly, em relação a Conrad não foi o que aconteceu. Anseia pelos dias que poderá passar com ele e que ele a comece a ver como uma mulher e não como uma criança. Por outro lado, temos Jeremy, que por acaso, é a minha personagem preferida. É divertido, calmo e amoroso. Coloca sempre a mãe acima de tudo e, a meu ver, também ele anseia por mais qualquer coisa da parte de Belly. Gosto de como Jeremy aos poucos se vai intrometendo nos sentimentos de Belly, ainda que ela não se aperceba disso. É um jovem paciente e com um coração enorme, sempre disposto a ajudar tanto o irmão como Belly, ainda que com isso seja ele a sofrer. Quanto a Conrad, não posso dizer que tenha gostado dele. Demasiadamente inconstante e egoísta. Só olha para os seus próprios interesses e, apesar de ter aquele sentimento de protecção e de alguma posse em relação a Belly, nunca senti, da parte dele, que houvesse aquele sentimento de amor como ela tinha por ele. Alguma atracção física? Sim, mas amor apaixonado? Muito longe disso. Mesmo da parte de Belly, sempre senti que o que ela sentia por Conrad já seria mais como um sentimento habitual. Como sempre tinha gostado dele, seria estranho não continuar a fazê-lo e isso levava a que continuasse a bater na mesma tecla em relação a ele, fechando as portas a outros sentimentos por outros que estariam mais abertos a uma relação amorosa. No entanto, e sendo ainda algo imatura, Belly arranja uma espécie de namorado de Verão. Não que estivesse apaixonadíssima por ele, mas mais para mostrar a Conrad de que tinha interesse como mulher e era capaz de atrair e ter um relacionamento com qualquer outro. Na minha modesta opinião, a única ideia dela era obter algum tipo de reacção da parte dele. Tal não aconteceu e quem acabou magoada foi ela.
Acho, sinceramente, que a relação dela com o Jeremy poderia ter sido mais trabalhada e explorada, tendo em conta que há mais livros a seguir.
Apesar de não ter sido dos meus livros preferidos do género, tenho esperança que os próximos sejam melhores.
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