22/09/2017

Opinião | Um Final Feliz | Annie Darling | Quinta Essência

Era uma vez, numa livraria de Londres em ruínas, uma rapariga chamada Posy Morland que passava a vida perdida nas páginas dos seus romances preferidos.
Então, quando Lavinia, a excêntrica dona da Bookends, morre e deixa a loja a Posy, ela tem de largar os livros e entrar no mundo real, pois Posy não herdou apenas um negócio com problemas, mas também as atenções indesejadas do neto de Lavinia, Sebastian, também conhecido como «o homem mais rude de Londres».
Posy tem um plano astuto e seis meses para transformar a Bookends na livraria dos seus sonhos – se ao menos Sebastian a deixasse em paz para conseguir trabalhar. Enquanto Posy e os amigos lutam para salvar a sua querida livraria, Posy é arrastada para uma batalha com Sebastian, com quem começou a ter algumas fantasias bastante escaldantes...
Como as suas heroínas românticas preferidas, irá também ela ter o seu «felizes para sempre»?

(Pode Conter Spoilers)
Este livro foi uma agradável surpresa. Apesar de se passar nos dias actuais, transmite-nos uma aura dos tempos antigos, daqueles em que as senhoras não podiam mostrar os tornozelos por ser algo vergonhoso. Posy, parece-me, é uma alma antiga e romântica no corpo de uma jovem. Acredita no amor e nos livros que têm finais felizes. É gentil e amorosa para as pessoas que a rodeiam, principalmente no que ao irmão mais novo diz respeito. É por ele todos os sacrifícios que faz e todas as preocupações que tem. Tanto ela como o irmão perderam os pais quando era ainda muito novos e ela, sendo a mais velha, tomou a seu cargo a responsabilidade de criar o irmão. 
A seu cargo tomou também a responsabilidade de assumir a gerência da livraria onde trabalhava. Uma vez que a proprietária havia falecido e deixado em testamento que Posy seria a nova dona da sua livraria, Posy não podia fazer outra coisa senão lutar para que Sebastian, o neto da falecida dona, não pusesse as suas mãos nem as suas ideias terríveis na livraria que ela considerava como a sua casa e que a acolheu nas suas ocasiões mais tristes e solitárias.
Entre livros, citações, brigas e muitas travessuras, tanto Posy como Sebastian vão começar a olhar um para o outro com outros olhos, embora nenhum deles o admita. 
Porque não dei as cinco estrelas apesar de ter gostado tanto do livro? Especialmente porque passamos o livro todo à espera que um deles se descaia e dê, nem que seja um só, um sinal de que gosta do outro. Sem ser uns trambolhões dados por Posy e que, involuntariamente, a faziam cair de encontro a ele e a faziam lembrar-se da antiga paixoneta que ela tinha por ele quando criança, nada fazia prever que Sebastian sempre havia sentido amor por ela. Andavam sempre a maltratar-se um ao outro gratuitamente e sem motivo aparente. Faltou aqueles momentos que nos derretem o coração e nos fazem suspirar. Acho que foi a única "falha", se é que assim se pode chamar, neste livro que é absolutamente doce e muitas das vezes super bem disposto.

Recomendo!
(Este exemplar foi gentilmente cedido pela Quinta Essência em troca de uma opinião sincera)

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