18/01/2023

Opinião | A Banana Dele | Penelope Bloom | Quinta Essência Editora


O meu novo chefe adora impor regras. E há uma que ninguém se atreve a quebrar: nunca tocar na banana dele. A sério. O tipo é viciado em bananas. E eu, claro, fui logo tocar na dele. Pior, pu-la na boca. Mastiguei... e até engoli. E foi nesse momento que ele apareceu. E, acreditem em mim, foi mau. Muito mau! Mas deixem-me começar pelo início... Antes de tocar na banana de um bilionário, eu tinha acabado de conseguir o meu primeiro trabalho a sério como jornalista. Nada das tretas do costume. Nada de entrevistas a lixeiros sobre as suas rotas preferidas, ou artigos sobre a importância de apanhar caca de cão nos jardins. Já dei para esse peditório. Esta era a minha grande oportunidade. Podia provar ao mundo que não era uma trapalhona. A missão: infiltrar-me na Galleon Enterprises para investigar as suspeitas de corrupção. Já estão a ouvir a banda sonora do James Bond a tocar, não estão? Eu ia ser um sucesso. Só tinha de conseguir o lugar de estagiária e não dar cabo da entrevista com Bruce Chamberson. Agora avancem até ao momento imediatamente antes da entrevista. Sim, eu sou aquela ali de banana na mão. Uma banana com o nome dele escrito a marcador preto. É aí que ele entra e me apanha em flagrante de fruta na mão. Pouco depois, contrata-me. Pois, eu sei. Também a mim me pareceu estranho...


    Este livro foi tão bom e tão divertido de ler! É mesmo motivo para dizer que escolhi a altura certa para o ler. Estava sempre muito reticente por causa do título. Tenho de ser sincera e admitir que parecia-me algo "tonto" e que a história não seria nada por aí além. No, entanto, também pensava "Ora que este título tem muito por onde pegar", pois é um título susceptível de imensos trocadilhos, a maioria deles para maiores de 18 anos. Gosto tanto quando pego num livro sem expectativa nenhuma e depois acabo por gostar tanto. Não é que seja uma historia memorável e intensa, mas é uma daquelas histórias que nos aquecem o coração e não nos faz pensar muito. É daqueles livros que deve ser lido logo após lermos aqueles livros mais complexos e pesados. 
    As personagens, tanto ela como ele (o dono da banana), são hilariantes. Se ele é daqueles homens que têm de ter controlo absoluto sobre todos os aspectos da sua vida, ela, por sua vez, é das pessoas mais espontâneas e desastradas que já tive o prazer de conhecer *ler*. Adoro a forma como a autora não criou uma personagem feminina pretenciosa e com a mania que sabe ou que é mais que os outros. É desastrada até dizer chega e é exatamente o contrário do seu novo chefe. A picardia entre os dois é daquelas que nos fazem rir a bom rir e só de imaginar certas situações entre os dois já nos deixa um sorriso no rosto.
    Foi muito bom acompanhar o progresso e o crescimento tanto dele como dela a nível individual e aos dois como um casal. Acho que será sempre um casal que, por um motivo ou outro, vão andar sempre picados um com o outro e isso dá uma certa cor e emoção a uma relação. 
    
    Vamos ver se os livros restantes da série Objects of Attraction serão todos assim tão divertidos e leves. Em Portugal, apenas os dois primeiros livros da série é que foram publicados. Espero que a Quinta Essência (grupo Leya) possa e/ou opte por publicar os restantes.

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