09/12/2014

Opinião "Um Anjo da Guarda" de James Patterson


Será o nosso coração capaz de amar para além do mundo real? Michael era o amigo imaginário de Jane, que a acompanhava, guiava e protegia quando ela, ainda criança, se sentia sozinha. Apesar de a mãe ser uma bem-sucedida produtora da Broadway e do ambiente glamoroso que a rodeava, Jane não era uma menina feliz. Michael e Jane eram os melhores amigos mas, quando ela fez 9 anos, o seu amigo imaginário teve de partir…Vinte e três anos mais tarde, Jane é uma dramaturga de sucesso, trabalha na produtora da mãe e tem um namorado atraente e encantador. No entanto, ela continua infeliz e sem conseguir esquecer Michael. Até que, inesperadamente, volta a vê-lo. Teria Michael afinal sido sempre real?Uma história de amor mágica e comovente, com uma reviravolta emocionante, que nos faz acreditar no poder do amor verdadeiro.



*Pode Conter Spoilers*
Como sempre, antes de começar esta minha opinião, deixem-me agradecer à TopSeller por me disponibilizarem mais um livro que é, a meu ver, absoluta e completamente *delicioso*. 
Agradecimentos feitos, passamos ao que achei do livro e da história que nele se conta. Não sei se conseguirei transmitir do modo correcto o que esta história me fez sentir, mas vou tentar (se falhar redondamente, peço imensas desculpas.)

Esta história, passada algures entre o passado e o presente, já foi adaptada para filme. No entanto, depois de ver apenas o trailer do referido, perdi a vontade de ver o filme inteiro. Muitas coisas diferentes e muitas coisas que se calhar iam fazer com que perdesse o que havia sentido com a história original. (Pode ser que mais tarde veja o filme, mas entretanto deixem-me com o livro).
James Patterson é para mim um dos melhores autores vivos. Consegue arrebatar-nos no género Romance, consegue viciar-nos no género Fantástico e muito provavelmente conseguirá as duas coisas nos seus policiais (não sei porque ainda não li nenhum, mas pretendo reverter essa situação em breve, com a ajuda da minha querida amiga Helga Rosa, colaboradora do Crónicas de Uma Leitora). Já sei de antemão que quando pegar num livro dele para ler, será de leitura compulsiva, isto porque a maneira como ele escreve assim o permite. Os capítulos estão bem ligados uns com os outros e as personagens são mesmo *fofas*, pelo menos neste livro.

Ora bem, a história começa com a pequena Jane de oito anos e Michael, adulto que é o seu amigo imaginário. É certo e sabido que a maioria das crianças principalmente as que sofrem de falta de atenção/afecto têm a tendência a criarem amigos imaginários. Tentativa de colmatar essa falta de afecto? Certamente que sim, mas acho que também a vontade de ter um amigo a que podem chamar de "seu" e de mais ninguém tem uma grande percentagem no processo de criação. 
Jane tinha Michael e ele era só seu, pelo menos até ela fazer nove anos, altura em que Michael sairia da sua vida não deixando sequer uma única recordação de tudo o que viveram juntos, supostamente. Jane sem Michael era uma criança triste e sozinha e Michael nas horas em que estava sem a sua pequena amiga era apenas mais um amigo imaginário entre tantos que existiam e ninguém os via. Viram o filme "A Cidade dos Anjos"? Aquela cena em que todos os anjos se reúnem na praia para o nascer de mais um dia? Era exactamente assim que imagina todos os amigos imaginários que iam sendo nomeados ao longo do livro. Lindo e arrepiante. Ter uma pequena noção de que, apesar de não os vermos, temos alguém que nos guarda e nos guia ao longo da nossa vida. Na verdade gosto de pensar nessa hipótese, mas isso já sou eu a divagar.
Quando Jane completa os nove anos, nessa mesma noite Michael desaparece da sua vida. No entanto, ela deveria tê-lo esquecido e ele a ela. Não foi o que aconteceu. Vinte e três anos depois, Jane continua sob a sombra da sua mãe (antiga actriz e actual produtora de filmes e peças de teatro), trabalha na produtora da mãe e resolve criar uma peça de teatro com base nas suas recordações de infância. 
Michael por sua vez, ao longo de vinte e três anos foi amigo imaginário de muitas outras crianças, mas nunca esqueceu a sua pequena Jane, o que era no mínimo estranho, pois nunca tal lhe tinha acontecido. Quando se reencontram todo o mundo que Michael e Jane conheciam, normal e tranquilo e até previsível, desaparece e tudo o que vai acontecendo será de uma forma atabalhoada e estranha, o que só confere ao livro uma leveza muito agradável e bem vinda, tendo em conta que há uma grande dificuldade de imaginar sequer que tal possa acontecer: Um amigo imaginário? Anjos da Guarda? Mas quem é que acredita nestas coisas?! - Posso garantir que eu acredito, ou gostava que fosse verdade. As coisas seriam tão mais fáceis de suportar se tivéssemos sempre quem nos apoiasse e quem nos "amparasse as quedas" *no matter what!*

Que mais posso dizer? Não muito, acho que até já revelei demasiado e sei que vão *chover* reclamações por causa dos spoilers, mas não podem dizer que não avisei ;)

2 comentários:

  1. Não precisas de andar a pedir desculpa parágrafo sim, parágrafo não. Se os leitores entendem, muito bem, não entendem... azar.
    E mais uma vez te digo que não precisas de spoilar - e avisas quando o fazes - apenas dares o teu parecer e o que sentiste. Só isso :P
    fiquei com vontade de rever o filme (já que o livro não o tenho)

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    1. Sabes que pedir desculpa é um vicio que tenho :p

      Este livro pelo tema que abrange é complicado dizermos apenas o que sentimos sem contar pelo menos alguma coisa... tipo para situar a pessoa que lê a opinião... um dia destes li uma opinião a este livro (já n me recordo onde) que fiquei tipo: "WTF? Se não tivesse já lido o livro não tinha percebido patavina" :p
      Não vi o filme pelos motivos que referi na opinião... prefiro ficar com a versão "verdadeira" :p

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